Jogos de Amores: Playing Hard to Get

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Nossos antepassados viviam num mundo sem cores e faziam sexo sem amor. Mas faz tempo que vivemos com ambos, e ninguém quer uma vida em tons de cinza ou fazer sexo como se faz academia. Cor é fácil mas o amor é complicado. Ainda é um mistério a fase que antecede o amor pleno enquanto os amantes jogam o “playing-hard-to-get”.

Darwin dedicou parte de sua vida para entender essa questão e fez observações importantes. Mas as coisas mudaram, não geneticamente mas culturalmente. Hoje, ambos os sexos podem escolher quando querem engravidar, a igualdade de direitos também influencia esse mercado, e isso vale para todas as relações, incluindo homoafetivas.

Sabemos que nesse jogo estão: agir de forma confiante e gastar tempo com outras pessoas, entre 58 atitudes que incluem não responder as mensagens, não ligar no dia seguinte, e até namorar outra pessoa. Homens e mulheres apresentam muitas semelhanças. Faz mais uso disso quem tem mais traços narcisistas e maquiavélicos, ou seja, são mais egocêntricos e manipuladores.

Enfim: Romeu e Julieta é bem raro. Se ambos jogarem muito duro, vão acabar separados. Só pode acabar bem se alguém der o primeiro passo. Na incerteza do interesse do outro lembre-se que você não tem nada a perder e dê o primeiro passo. Fica o alerta: não confunda sua incerteza com falta de interesse do outro. E lembre-se que orgulho (ou medo) é bom, mas em excesso faz seu mundo ficar metaforicamente sem cor e literalmente sem amor.

Esse texto foi inspirado no post do economista Sergio Almeida e baseado no artigo de Jonason & Li (2013) Playing hard to get: Manipulating one’s perceived availability as a mate. European Journal of Personality, 27, 458-469.

Written by Feitosa-Santana

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