Evolução e Canal de Parto: Conta mais cara para as Mulheres

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Somos o único animal ereto do planeta. Deixando de ser quadrúpedes, não mais precisávamos das mãos para correr e assim elas ficaram liberadas para outros afazeres como criar e utilizar ferramentas sofisticadas. Ganhamos também uma visão mais ampla e passamos a melhor mapear nossas savanas e nossos predadores. Esses ganhos geraram um cérebro maior e mais capacitado a pensar estratégias de sobrevivência. Mas algumas desvantagens nos acompanharam. Carregar um cérebro pesado trouxe dor nas costas e rigidez no pescoço e as mulheres, como sempre, pagaram mais caro essa conta. O caminhar ereto reduziu a largura do quadril assim como do canal do parto e o ato de parir passou a ser um medo constante na vida das mulheres, sem mencionar que os bebês começaram a ter cérebros cada vez maiores. Essas condições favoreceram a seleção natural de mulheres que davam a luz a bebês prematuros garantindo a sobrevivência de ambos. Vale ressaltar que o que significa termo hoje era prematuro para nossos ancestrais. De fato, nossos bebês são muito prematuros quando comparados a outros mamíferos. Em contra partida, a dependência gerada pela prematuridade é justamente o que molda nossa extraordinária habilidade social. Enquanto um gato sai em busca de alimentos após poucas semanas de vida, um bebê requer sustento e proteção por anos a fio, mas é justamente por isso que pode ser melhor educado e preparado para a convivência em sociedade. 

Trecho inspirado pelo capítulo Um Animal Insignificante do livro Sapiens escrito por Yuval Noah Harari.

Written by Feitosa-Santana

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